terça-feira, 20 de dezembro de 2011

JESUS FOI RADICAL E NÃO ESPERA MENOS DE NÓS

Atualmente ouvimos muitas frases, de pessoas que discordam de um envolvimento mais profundo com o cristianismo e evangelho, como estas: “Sim, busque a Deus, não importa a religião, o importante é ouvir coisas boas”; “Filtre as coisas boas desta igreja, mas não se torne um fanático”; “Deus não quer que você seja um fanático, Ele quer que você aproveite as coisas boas deste mundo”, dentre outras afirmações infelizes.
Em resumo, percebe-se que o inimigo das nossas almas tenta colocar nos corações das pessoas o entendimento de que seguir uma religião é bom, mas desde que não nos envolvamos muito, porque seria perigoso e arriscado.
Não quero defender um envolvimento intenso simplesmente com alguma religião, como se isso resolvesse algo, mas pretendo afirmar firmemente que Deus espera sim, que tenhamos um envolvimento radical com Ele, de fanatismo por seus caminhos, de morte para tudo o que constitui empecilho entre nós e seu amor, e esse estilo de vida será algo tão forte e radical quanto a vida de nosso Mestre Jesus.
Não podemos simplesmente esperar que consigamos viver uma vida pacata neste mundo, usufruindo de toda comodidade disponível, e nos omitindo quanto à necessidade de sermos radicais e firmes em nossos caminhos e decisões. Isso, lamentavelmente, significaria o negarmos a Jesus e à sua cruz, e amarmos mais este mundo e seus banquetes. Não, definitivamente não é isso que queremos.
Jesus, nosso Mestre, foi radical enquanto caminhou por esta terra, não permitindo que nada tirasse o seu foco, pelo qual tinha certeza de vida e propósitos. Jesus foi tão polêmico, que se muitos de nós, que professamos nossa fé nele, vivêssemos naquela época, de tão religiosos que somos, de tão “santos” que somos, jamais o seguiríamos, por discordar de suas decisões e opiniões tão impactantes.
Ora, se o Mestre dos mestres foi tão ousado, radical, desprovido de amor às coisas e cheio de amor pelas pessoas, tão especial sendo tão simples, porque nós, supostamente seus seguidores, somos tão acanhados, tão mesquinhos, apegados ao extremo às coisas materiais e indiferentes para com o nosso próximo?
A dura verdade é que não nos parecemos com nosso Mestre, talvez porque ele não seja, de verdade, quem lidera e influencia nossas vidas. É inevitável que nos pareçamos com aquilo que seguimos.
Mestre é aquele que de quem se aprende lições vitais e de suma importância, é aquele que exerce autoridade e fascínio sobre seus aprendizes. Jesus viveu uma vida de entrega tão intensa, ao ponto de dar sua vida por todos os pecadores. Mas, quanto a nós, qual o nível de nossa entrega? Qual a intensidade do nosso envolvimento com essa causa que nos livrou da morte e nos deu vida eterna?
Abdiquemos desta idéia errada, pequena e mundana, de que Jesus veio trazer vitória e prosperidade, conforto, e uma vida extremamente tranqüila para os seus seguidores.
No evangelho de Lucas, no capítulo 12, verso 51, lemos o seguinte: “Supondes que vim trazer paz à terra? Não, eu vo-lo afirmo; antes disso divisão”.
Queridos, quem disse isso não foi um dos discípulos, ou alguém sem expressão, mas foi exatamente nosso Mestre, o próprio Jesus! E se, realmente, ele quis dizer fielmente o que Ele disse, porque nós buscamos tanto a comodidade, apegando-nos cada dia mais a este mundo? Buscando o nosso reino e a nossa justiça?
Seguir a Jesus significa romper com o padrão deste mundo, romper com este plano herético de prosperidade contido atualmente na maioria das igrejas que se dizem evangélicas, mas que apresentam um evangelho distorcido e enganador.
No mesmo evangelho de Lucas, capítulo 14, verso 26 a 27, Jesus diz o seguinte: “Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo”.
Entendamos que ser de Jesus, andar em seus caminhos, e usufruir da sua alegre presença significa ser radical, ser desapegado a tudo em prol do prazer de ter a Cristo, significa se indispor com família e amigos, se necessário, para continuar focado no autor e consumador da nossa fé.
Jesus não disse que seria fácil, ou que segui-lo não nos custaria nada, pelo contrário, disse que custaria tudo! A nossa própria vida! Que teríamos que levar a nossa própria cruz e então segui-lo.
Sejamos radicais assim como nosso Mestre Jesus, que não mediu esforços para cumprir o seu propósito nesta terra, não para que simplesmente fôssemos os melhores e mais abastados aqui, como se isso realmente fosse essencial, mas para que morrêssemos para este mundo, possuindo em nossos corações um tesouro inegociável, que é a esperança de passarmos a eternidade ao se lado, usufruindo de tudo aquilo que nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano, e que Deus tem preparado para aqueles que o amam (II Coríntios 2:9).

Alegria sempre!

Em Cristo, e somente nEle.


2 comentários:

  1. Excelente e belíssimo texto Carlos, verdades essenciais as que você disse, muito boa a lição de vida! Que Deus tenha misericórdia de nós e nos abra os olhos cada vez mais, pra que vivamos o que pregamos para continuarmos pregando o que vivemos! :) Amém!

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  2. Deus abençoe amado em Cristo. Somente uma coisa o Senhor Jesus pede de nós? O NOSSO CORAÇÃO. Estrutras e idéias mundanas tomam conta hoje da igreja, sempre inclinando o povo ao mais fácil. Que Deus nos ajude e nos de corajem de levarmos nossa cruz em prol dos nossos e da nossa própria famíla. Amém!

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