terça-feira, 20 de dezembro de 2011

JESUS FOI RADICAL E NÃO ESPERA MENOS DE NÓS

Atualmente ouvimos muitas frases, de pessoas que discordam de um envolvimento mais profundo com o cristianismo e evangelho, como estas: “Sim, busque a Deus, não importa a religião, o importante é ouvir coisas boas”; “Filtre as coisas boas desta igreja, mas não se torne um fanático”; “Deus não quer que você seja um fanático, Ele quer que você aproveite as coisas boas deste mundo”, dentre outras afirmações infelizes.
Em resumo, percebe-se que o inimigo das nossas almas tenta colocar nos corações das pessoas o entendimento de que seguir uma religião é bom, mas desde que não nos envolvamos muito, porque seria perigoso e arriscado.
Não quero defender um envolvimento intenso simplesmente com alguma religião, como se isso resolvesse algo, mas pretendo afirmar firmemente que Deus espera sim, que tenhamos um envolvimento radical com Ele, de fanatismo por seus caminhos, de morte para tudo o que constitui empecilho entre nós e seu amor, e esse estilo de vida será algo tão forte e radical quanto a vida de nosso Mestre Jesus.
Não podemos simplesmente esperar que consigamos viver uma vida pacata neste mundo, usufruindo de toda comodidade disponível, e nos omitindo quanto à necessidade de sermos radicais e firmes em nossos caminhos e decisões. Isso, lamentavelmente, significaria o negarmos a Jesus e à sua cruz, e amarmos mais este mundo e seus banquetes. Não, definitivamente não é isso que queremos.
Jesus, nosso Mestre, foi radical enquanto caminhou por esta terra, não permitindo que nada tirasse o seu foco, pelo qual tinha certeza de vida e propósitos. Jesus foi tão polêmico, que se muitos de nós, que professamos nossa fé nele, vivêssemos naquela época, de tão religiosos que somos, de tão “santos” que somos, jamais o seguiríamos, por discordar de suas decisões e opiniões tão impactantes.
Ora, se o Mestre dos mestres foi tão ousado, radical, desprovido de amor às coisas e cheio de amor pelas pessoas, tão especial sendo tão simples, porque nós, supostamente seus seguidores, somos tão acanhados, tão mesquinhos, apegados ao extremo às coisas materiais e indiferentes para com o nosso próximo?
A dura verdade é que não nos parecemos com nosso Mestre, talvez porque ele não seja, de verdade, quem lidera e influencia nossas vidas. É inevitável que nos pareçamos com aquilo que seguimos.
Mestre é aquele que de quem se aprende lições vitais e de suma importância, é aquele que exerce autoridade e fascínio sobre seus aprendizes. Jesus viveu uma vida de entrega tão intensa, ao ponto de dar sua vida por todos os pecadores. Mas, quanto a nós, qual o nível de nossa entrega? Qual a intensidade do nosso envolvimento com essa causa que nos livrou da morte e nos deu vida eterna?
Abdiquemos desta idéia errada, pequena e mundana, de que Jesus veio trazer vitória e prosperidade, conforto, e uma vida extremamente tranqüila para os seus seguidores.
No evangelho de Lucas, no capítulo 12, verso 51, lemos o seguinte: “Supondes que vim trazer paz à terra? Não, eu vo-lo afirmo; antes disso divisão”.
Queridos, quem disse isso não foi um dos discípulos, ou alguém sem expressão, mas foi exatamente nosso Mestre, o próprio Jesus! E se, realmente, ele quis dizer fielmente o que Ele disse, porque nós buscamos tanto a comodidade, apegando-nos cada dia mais a este mundo? Buscando o nosso reino e a nossa justiça?
Seguir a Jesus significa romper com o padrão deste mundo, romper com este plano herético de prosperidade contido atualmente na maioria das igrejas que se dizem evangélicas, mas que apresentam um evangelho distorcido e enganador.
No mesmo evangelho de Lucas, capítulo 14, verso 26 a 27, Jesus diz o seguinte: “Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo”.
Entendamos que ser de Jesus, andar em seus caminhos, e usufruir da sua alegre presença significa ser radical, ser desapegado a tudo em prol do prazer de ter a Cristo, significa se indispor com família e amigos, se necessário, para continuar focado no autor e consumador da nossa fé.
Jesus não disse que seria fácil, ou que segui-lo não nos custaria nada, pelo contrário, disse que custaria tudo! A nossa própria vida! Que teríamos que levar a nossa própria cruz e então segui-lo.
Sejamos radicais assim como nosso Mestre Jesus, que não mediu esforços para cumprir o seu propósito nesta terra, não para que simplesmente fôssemos os melhores e mais abastados aqui, como se isso realmente fosse essencial, mas para que morrêssemos para este mundo, possuindo em nossos corações um tesouro inegociável, que é a esperança de passarmos a eternidade ao se lado, usufruindo de tudo aquilo que nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano, e que Deus tem preparado para aqueles que o amam (II Coríntios 2:9).

Alegria sempre!

Em Cristo, e somente nEle.


quarta-feira, 12 de outubro de 2011

"VÓS QUE SOIS DE ÂNIMO DOBRE, LIMPAI O VOSSO CORAÇÃO"


Certa vez vi um filme que apresentou uma frase que me intrigou bastante, que dizia o seguinte: “As tuas escolhas definem o teu caráter”.
Assim, percebemos facilmente, que na sociedade em que vivemos, o que fazemos, ou o que deixamos de fazer, diz às pessoas quem somos ou deixamos de ser. Por exemplo, se o jovem aceita a pressão dos amigos e faz o que todos dizem ser legal e na moda, então ele é aceito por todos, uma vez que suas escolhas afirmam quem ele, supostamente, é.
Deste modo, percebemos que nossas escolhas têm grande importância e por elas seremos julgados pelas pessoas que nos rodeiam. Pelo menos esse é o ritmo que este mundo dita.
No entanto, algum tempo depois de ter visto esse filme e a frase acima referida, ao ler o livro “A oração do Justo”, do Coty, aprendi algo que me surpreendeu muito, e que entrou em meu entendimento como uma revelação vinda dos céus. Entendi que, em verdade, é a “Cruz de Cristo a ferramenta que esculpe o nosso caráter”.
Sob esse entendimento, sabendo que a cruz de Cristo significa renúncia e morte, percebi que a primeira frase que vi no filme não podia ser verdadeira para mim, não à luz do Padrão de Cristo.
O mundo diz: escolha fazer isso e aquilo e você será assim; deixe de fazer isso e usar aquilo e você não o será. E não importa o que façamos, mais cedo ou mais tarde, no ritmo do mundo, sairemos frustrados, uma vez que em todo o tempo estamos sendo vistos e julgados, e sendo considerados culpados sempre, mudando para cada pessoa apenas o tipo do crime pelo qual serão penalizados.
No entanto, Deus nos diz: “Escolha não ter escolhas, escolha não ser julgado, escolha deixar com que Jesus viva em você!”. A cruz de Cristo esculpindo nosso caráter nada mais é do que abandonarmos o nosso ego, nossa vaidade, e escolher abraçar a cruz, e jogar para o alto nosso livre arbítrio, haja vista, Ele morreu por nós, para que não mais vivamos para nós mesmos, para somente para Ele, que morreu e ressuscitou (II Coríntios 5: 15).
Irmãos queridos, decidamos por amar a cruz de Cristo, e deixar que Ele, com seu caráter indestrutível viva em nós! Ora, a vontade de escolher, de exercer o direito de querer isso ou aquilo revela orgulho, soberba, amor próprio, ganância, ambição, e tudo mais que há em nós que nada tem a ver com a doce e perfeita personalidade de Jesus!
Estamos diante de uma situação bastante complicada, abrir mão dos direitos mais concretos e legítimos de escolha, para decidir por viver uma vida de cruz que já nos tem um destino definido previamente, morte para este mundo e vida eterna celestial!
Irmãos não se enganem e nem sejam enganados! Deus nos chamou para essa vida de cruz, exatamente para que essa cruz esculpisse nosso caráter, de maneira que morrêssemos para este mundo e vivêssemos para Ele!
Se você tem esse discernimento, tome a tua cruz e siga-O já!

Entretanto, como nos decidiremos pela cruz sendo nós tão pecadores e insensatos? Como abrir mão das nossas certezas e dos nossos direitos adquiridos, por assim dizer, para abraçar uma vida de cruz para que o Mestre possa viver em nós?
Certamente, as respostas para essas perguntas não são tão simples de serem respondidas. No entanto, Tiago nos ensina um caminho muito valioso. Vejamos: “Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o vosso coração” (Tiago 4: 8).
O que nos afasta da vida de cruz revelada em Jesus, é tudo o que este mundo oferece, de riquezas, entretenimento, e falsos amores que nos sujam e nos poluem internamente.
Tiago nos revela que se somos inconstantes, se estamos indecisos, devemos limpar nossos corações. Interessante que ele não diz aos indecisos que se decidam de uma vez, pela vida ou pela morte! Ele não afirma que devemos deixar a inconstância e romper em firmeza diante do Senhor, mas ele simplesmente nos diz para que limpemos nossos corações! Irmãos! Tiago simplesmente nos diz para que limpemos nossos corações!
Assim, diante das mais diversas situações que estejamos vivendo, tenhamos o discernimento de pedir para que o Espírito Santo limpe nossos corações, para que possamos abraçar a cruz de Cristo, rejeitando toda escolha, todo direito, todo o orgulho que há em nós.
Se você não tem conseguido deixar com que a cruz de Cristo esculpa o teu caráter não é porque você é indeciso, porque você é fraco espiritualmente ou algo assim, mas simplesmente porque teu coração precisa ser limpo, e essa limpeza quem faz é Jesus, especialista em arrumar a bagunça que fazemos dentro de nós mesmos.
A palavra de Deus nos afirma que “é Deus quem efetua em nós tanto o querer como o realizar” (Filipenses 2:13), e deste modo, é Ele que vai gerar em você o desejo de deixar com que a sua cruz esculpa o teu caráter.
Apenas abra o teu coração e deixe com que Jesus entre, limpe toda a sujeira, e retire todo excesso de peso, para que você esteja livre, em Cristo, para habitar com o Senhor nos altos lugares, experimentar novas alturas, em novidade de vida, de glória em glória!

Em Cristo.





quarta-feira, 14 de setembro de 2011

HÁ PLENITUDE DE ALEGRIA SOMENTE EM JESUS


Queridos irmãos, assistindo algumas pregações nestes últimos dias, em especial as do abençoado servo do Senhor, o norte-americano John Piper, bem como por minhas individuais meditações diárias, tenho sido agraciado com uma mensagem que vem arrebatando meu coração, e gostaria de tentar compartilhá-la com vocês.
De todas as formas e de todas as maneiras, com todas as forças e em todo o tempo, sem exceção, o ser humano procura sentir-se completo e feliz; sentir-se pleno.

E nós, inclusive, que confessamos a Jesus como único e suficiente salvador, buscamos também, dia após dia, alcançar essa plenitude, essa sensação, por assim dizer, de satisfação e gozo ainda nesta vida.

Mas precisamos admitir que temos buscado essa plenitude em lugares errados, em coisas e tesouros deste mundo que jamais completarão e preencherão nossas vidas.

Então, se de fato já aceitamos a Jesus e nos rendemos a ele, porque continuamos a cultivar esse vazio em nossos corações? A resposta é, porque temos procurado preenchê-lo com tudo o que não é condizente à sua vida, à sua cruz, ao seu sofrimento, buscando nós, desesperadamente, por trabalho, sucesso profissional, fama, louvor dos homens, carros, casas, e todo o conforto que esse mundo nos oferece. No entanto, nessas coisas, não há alegria, pelo menos não a alegria plena da qual os grandes homens de Deus foram cheios.

Deus nos chama para uma vida de confronto, de guerra, não contra pessoas, ou coisas, mas contra nós mesmos, contra nosso comodismo, contra o pecado, contra o sentimento de paz que há dentro de nossos corações para com este mundo.

Nós que afirmamos que morremos em Cristo para que ele viva em nós, precisamos entender que não somos deste mundo, jamais seremos completos aqui, nunca seremos inteiramente saciados, uma vez que estamos apenas de passagem. Porque, se vivemos segundo a carne, caminhamos para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificarmos os feitos do corpo, certamente, viveremos (Romanos 8:13).

Entretanto, ainda aqui neste mundo, mesmos sendo peregrinos em terra estranha, poderemos experimentar sim, de uma alegria indescritível, de uma sensação de plenitude tal, capaz de confundir este mundo, quando encontrarmos, e somente quando encontrarmos, o lugar chamado cruz.

Em toda a bíblia encontramos trechos que apresentam o seguinte paradoxo: A exultação a Deus mesmo em momentos de sofrimentos decorrentes da escolha em servi-lo.

Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele (Filipenses 1:29).

O “padecer” por Cristo, a vida de cruz neste mundo, é a única possibilidade de nos sentirmos plenos e completos. Em sermos ricos, prósperos e reconhecidos pelos homens, não está a nossa plenitude.

No livro de Atos dos Apóstolos, no capítulo 5, verso 41, vemos que os discípulos estavam se alegrando por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas pelo nome de Jesus. Eles haviam entendido que somente no “padecer por Cristo” (na presença de Jesus) há abundância de alegria.

Vejamos alguns trechos na palavra do Senhor que demonstram à revelação dura sim, mas verdadeira, de que no padecer por Cristo está nossa plenitude:

“Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes (Tiago 1:2-4).

“E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado” (Romanos 5:3-5).

“Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós” (Mateus 5:11-13).

Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo” (I Pedro 1:6-7).

Queridos irmãos, vivendo nós neste mundo, onde tudo caminha para o menor esforço, à comodidade, ao bem-estar da nossa carne, todas essas palavras parecem ser tão distantes e até loucura. Mas atentemos e meditemos, e vejamos que isso é o que o mundo e o que o inimigo quer que pensemos, que rejeitemos à cruz, e abracemos um falso evangelho, onde o “levar a sua cruz” não é tão importante assim, uma vez que, para este mundo, a satisfação está nas coisas, nos bens, nas riquezas terrenas.

No entanto, a palavra de Deus, única verdade, atual e viva, diz totalmente o contrário, que o “bom” deste mundo, é exatamente o que nos levará à ruína.

Aos loucos a sua impressão de bem-estar os leva à perdição. Mas o que me der ouvidos habitará seguro, tranqüilo e sem temor do mal” (Provérbios 1:32-33).

Deste modo, que o Espírito Santo nos encha diariamente do discernimento de que vivemos neste mundo a esperar pela recompensa celestial, ansiosos pelo que há de vir e está guardado para os santos justificados em Jesus. Uma vez que o sofrimento por Jesus, por maior que pareça ser, valerá a pena!

Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar (I Pedro 5:10).

Tenhamos a consciência de que o nosso sofrimento é pequeno, e irrisório à luz da eternidade, e se reduz a este curto espaço de tempo de nossas vidas.

Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas (II Coríntios 4:17 e 18).

O apóstolo Paulo, quando disse “leve e momentânea”, referiu-se à nossa breve passagem neste mundo, pois somos peregrinos aqui, e nossa esperança está em viver eternamente com nosso Salvador Jesus Cristo.

Não nos enganemos mais, o diabo, inimigo de nossas almas, quer nos enredar e nos distrair com todas as coisas, futilidades, bens, riquezas, para que saiamos do foco, para o qual fomos chamados pelo Mestre Jesus, qual seja: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará. Porque, que aproveita ao homem ganhar o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo? (Lucas 9:23-25).

Somente no “padecer por Cristo” seremos plenos, pois nossa verdadeira alegria está na esperança de desfrutarmos mais e mais de sua presença. Põe a tua esperança em Jesus Cristo, o Senhor, e seja inteiramente e imediatamente pleno, pois a Sua obra é eterna!



Em Cristo.





segunda-feira, 29 de agosto de 2011

PADRÃO DE EXCELÊNCIA


Como estaremos aptos para andarmos junto a Deus? O que podemos fazer para nos sentirmos dignos da sua presença? Definitivamente, não há nada que se possa fazer, pelo menos nada por nós mesmos.

A palavra de Deus nos revela que para andarmos na presença do Senhor temos que ser perfeitos, já que Ele exige de nós um padrão de conduta excelente, ou um padrão de excelência (Gênesis 17:1).

No entanto, não há nada que consigamos fazer que expresse algo de bom em nós, não possuímos virtudes por nós mesmos, não possuímos bons pensamentos ou bons planos por nós mesmos, uma vez que tudo (definitivamente tudo!) o que é bom e perfeito dom vem do Senhor (Tiago 1:17). Deste modo, de que maneira andaríamos na presença do Senhor?

Somos tão limitados e perversos por nossa própria natureza que somente o sacrifício perfeito de Jesus poderia pagar por nós a dívida que jamais poderíamos quitar, haja vista, para nós, o preço seria impagável, um padrão de excelência inalcançável.

Mas gritemos de alegria porque Jesus andou em perfeição, sendo homem sujeito às mesmas tentações e limitações que nós, estabelecendo assim um padrão de conduta perfeito, um santo padrão de excelência.

Hoje, Deus nos chama para que vivamos esse padrão de excelência em Jesus, pois nele, somente nele, podemos fazê-lo. Ele é o nosso referencial de santidade, de vida de renúncia, de amor, de perdão, de absolutamente tudo o que devemos e precisamos saber.

Deus espera sempre o melhor de nós, nada além do melhor, porque nos vê e nos aceita em Jesus, o padrão de excelência que andou entre nós, por seu sangue que nos cobre, que nos redime e que nos eleva para altos lugares.

Entretanto, para estarmos sob esse padrão temos que nos sujeitar a ele em obediência e compromisso (Tiago 4:7).

A palavra do Senhor diz que “O Senhor é o meu Pastor e nada me faltará” – Salmos 23:1. Apesar de parecer tão óbvio, atentemos para o detalhe de que nada nos faltará se, e somente se o Senhor realmente for o nosso Pastor. Ora amados, Pastor é aquele que guia, por onde achar melhor, que cuida das suas ovelhas da maneira que achar mais prudente. As promessas graciosas de Deus esperam de nós uma resposta obediente.

Se nos submetermos a Jesus e à sua morte para que Ele viva em nós, então alcançaremos mediante a sua graça, o padrão de excelência tão inatingível por nossos méritos, mas que já nos foi garantido na cruz!

A vitória já é nossa! O padrão de excelência que sem Jesus nos era impossível de ser alcançado, e constituía arma de acusação de satanás, agora revela a nós a glória de Deus em Jesus, seu Filho, perfeito nos céus, perfeito também na terra, que nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo o lugar a fragrância do seu conhecimento (2 Coríntios 2:14). Aleluia!

Tomemos posse do sacrifício de Jesus de uma vez por todas! E nele, somente nele, sejamos sim imperfeitos, porém santificados, e dia após dia justificados por seu cetro de justiça.

Tenhamos, pois, a certeza de que em Jesus andamos sim na presença do Deus todo poderoso, mesmo sendo imperfeitos por nós mesmos, mas alcançando gloriosamente, mediante a fé em Jesus, o padrão de excelência e a perfeição necessária para sermos agradáveis a Deus.

Afirmemos ousadamente, assim como o salmista Davi: “O SENHOR, TENHO-O SEMPRE À MINHA PRESENÇA” (Salmos 16:8).

Nada por nossos méritos, tudo pela maravilhosa graça de Deus!


Em Cristo.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A IRA DE DEUS DERRAMADA EM JESUS REFEZ NOSSO CAMINHO

O nosso Deus é um Deus santo e reto em toda a sua essência, que não pode ser cúmplice ou condescendente com o pecado. Desse modo, em sendo nós, por natureza, transgressores da sua lei, pecadores incontroláveis, seria necessário que sobre nós recaísse o seu juízo, a devida sanção em face dos nossos delitos, uma vez que em sendo Ele justo, nossos erros não poderiam ficar impunes.

Assim, repousava sobre os homens a IRA de Deus, em face de todos os erros, das transgressões, das mentiras, da falsidade, da ambição, e de tudo mais que constituía separação entre Deus e o homem.
Mas quando Jesus morreu por nós sobre o madeiro, se fez maldito em nosso lugar, levando sobre si toda a IRA de Deus em face de todos, sim, todos os pecados da humanidade. Em cada ferida aberta, em cada chaga, em cada açoite, em cada pancada ali sofrida, em cada cusparada, em cada palavra de humilhação, Jesus experimentou do cálice do ódio do Deus TODO PODEROSO, seu pai. Ninguém neste mundo pode dizer que sofreu mais que Cristo, Ele é o homem de dores, que sabe o que é padecer.
Hoje temos novamente, como se nunca tivéssemos pecado, um livre acesso à presença do Deus santo e justo, por meio do sacrifício de Jesus, que nos redimiu por seu santo sangue.
Bendito seja Deus, porque toda a sua IRA foi despejada em Jesus, por nossos pecados do passado, do presente, e do futuro, fazendo com que possamos experimentar outros sentimentos, bem mais leves e agradáveis: em vez da IRA de Deus, a sua misericórdia; em vez da IRA de Deus, o seu amor incondicional; em vez da IRA de Deus, sua maravilhosa e incomparável graça.
Interessante entendermos que se Deus não tivesse enviado seu filho para morrer por nós, Ele continuaria sendo digno, grande, generoso e a expressão maior de amor.
Mas glória a Deus por sua graça! Porque Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades, e o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de nós todos.
Trilhemos este Antigo Caminho chamado Jesus, porque só nele podemos deixar de sermos alvos da IRA do Deus criador do universo, para sermos alvos do seu amor inexplicável e de sua infinita graça.
Sejamos o fruto do penoso trabalho de Jesus, já que a IRA de Deus derramada em Cristo refez o nosso caminho para o Pai em amor incondicional.

Alegria sempre! Em Cristo.

sábado, 13 de agosto de 2011

Pela manhã.. um banquete de graça e misericórida

No decorrer das nossas vidas passamos por momentos tão escuros e oscilantes, madrugadas tão terríveis que parecem que nunca vão acabar. Nesses momentos nos vemos como que abandonados por todos, e até Deus, Aquele que sempre está perto, parece não estar tão perto assim.

Nossas verdades e convicções que antes nos sustentavam em nosso orgulho e vaidade, parecem que somente nos ajudam a questionarmos tudo, fazendo com que a cada instante nos sintamos mais e mais perdidos e sem rumo.

Aqueles de quem mais esperamos algum tipo de ajuda são os que menos cooperam para que exista esperança, e das pessoas que menos esperamos algo, vemos muitas reações, que como curativos nas nossas feridas, nos tratam, nos aliviam, nos limpam.

A madrugada vai indo e indo, e percebemos que por nossas próprias atitudes tudo o que podemos fazer é piorar a situação, cada vez que tentamos nos agarrar em alguma desculpa descemos um pouco mais nesse poço sujo, fundo e solitário. Tentamos gritar para que alguém nos escute, mas é em vão, e esse sofrimento tem que ser assim mesmo, um deserto que nós temos que passar, uma cura que nós precisamos experimentar.

E, quando não esperamos mais nada de ninguém, quando nossas forças já não podem fazer ou nos atrapalhar um pouco mais, mais ou menos às 05h58min, bem cedinho, quando o frio do fundo do poço é mais intenso, encontramos no fundo desse poço uma mola, que nos arremessa para cima, mola essa que pode ser gentilmente chamada de Graça de Deus.

Aí então, pela manhã, quando o dia começa, quando nossas vidas recomeçam, nosso Pai nos oferece, apesar de tudo o que possamos ter feito e errado durante a madrugada, um banquete de graça e misericórdia, para que nos deliciemos com suas santas comidas e finos manjares celestiais.

Afinal, a graça de Jesus encontra beleza em tudo!


Em Cristo,

Carlos